Profissionais de Saúde: TSDT, Enfermeiros…
Desvalorizar a saúde
e deixá-la num fosso deve ser totalmente a mensagem que querem
deixar passar. A começar pelos técnicos superiores de diagnóstico
e terapêutica, estendendo-se aos enfermeiros e demais profissionais
de saúde.
Pergunto-me como
querem deixar a saúde do nosso país? Como querem assegurar a
prestação de cuidados aos nossos utentes do Serviço Nacional de
Saúde? Não havendo enfermeiros, técnicos de radiologia e
radioterapia, terapeutas da fala, fisioterapeutas, cardiologistas,
analistas clínicos, de que é feita a saúde?
Carreiras congeladas
há quase duas décadas unem estes profissionais, onde a sua
dignificação e valorização é deixada completamente à margem da
sociedade. Desde as tão prometidas 35h, que ainda são 40h para
alguns, às questões das horas de qualidade, à não progressão nas
carreiras, e aos salários muito abaixo daquilo que é a média para
os técnicos superiores.
Desde a greve dos
técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica agora,
prorrogando à greve dos enfermeiros no mês passado, as vozes
daqueles que vão mantendo a todo o custo a saúde desta espécie de
serviço nacional de saúde, que se vai mantendo funereamente à
espera de recursos, contratações, dignificação das competências
e reconhecimentos das carreiras dos profissionais que lá trabalham,
pela tanta responsabilidade que vão acarretando nos seus ombros.
Desacreditados é a
mensagem que veiculam, depreciados com quem se compromete mas que
continua a falhar com estes cidadãos. No caso dos TSDT a 31 de
Agosto foi divulgada o novo regime legal da carreira, sem diplomas
próprios para as regras de transição e níveis remuneratórios.
Parece-me que já
chega do preconceito que foi imposto aos demais profissionais da
saúde. As nossas qualificações em saúde estão associadas a um
sentido magno de imputações no trabalho que é desenvolvido
diariamente com os utentes.
O que acontece com
os TSDT que pertencem e se situam neste momento na “terra de
ninguém”, pois não tem “carreira”, não estando incutidos na
antiga nem na nova, faz um apanágio direto com a situação da
enfermagem, sendo que se vão esquecendo progressivamente deles
aquando da formulação de novas exigências em saúde.
Por mais condições,
mais dignidade e por respeito pelos profissionais de saúde deste
país, a luta destes é em parcimónia com todos. Valorização,
dignificação e acima de tudo justiça.
As perguntas
mantêm-se, bem como a falta de respostas. Manifestos, greves e
mantém-se a “falta de vergonha” daqueles que ainda dizem que
“não se pode resolver tudo no mesmo momento”.
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