Foi você que pediu um linchamento público?
É que se não foi você, pelos vistos foi alguém que o encomendou?
Já aqui relatei a forma despudorada neste Blog, da atuação desta PGR, Joana Marques Vidal, e do seu clã e clãs que nesta justiça atuam de forma impune e como é que surgiu desde os anos 80 esta ligação a negócios perigosos e dúbios e a falta de responsabilidade e total impunidade com que atuam.
No meu artigo anterior que intitulei, #NãoAdoptoEsteSilêncio, referi que no conhecido caso judicial Casa Pia, esta clique de interesses escusos tentou decapitar, felizmente sem sucesso, a liderança do PS e que após esse insucesso começaram a afiar as garras para outros políticos e governos do PS. Sim a perseguição é clara e partidária, não há duvidas, até porque casos muito mais gravosos e bem fundamentados e provados em instâncias externas, como os Tribunais alemães, espanhóis, italianos e gregos, no caso dos Submarinos e das Contrapartidas Militares e da Comissão Europeia, no caso da Tecnoforma, foram completamente ignorados de molde a proteger quem politicamente protege ao mais alto nível esta clique familiar de interesses escusos dentro da área judicial.
Mas e isto tudo vem a propósito do recente "escândalo" (dentro de aspas porque foi tudo menos isso) a propósito do caso de Mário Centeno e dos Bilhetes do Benfica.
Resumindo o caso:
1. Mário Centeno vai "à bola" no dia 1 de Abril de 2017, com o filho e porque é Ministro das Finanças e objecto de medidas especiais de segurança por ameaças veladas à sua vida, pede como todos nesta situação, ao Sport Lisboa e Benfica que o acolha na chamada "tribuna VIP" e/ou "tribuna Presidencial" (como é oficialmente chamada dentro do clube em questão), pois o jogo que iria ver se realizava no estádio desse clube. O clube concede-lhe essa autorização, que é dada a nível gratuito, pois não existiram nunca nem existirão bilhetes para a tal "tribuna VIP" desde que existe o clube em questão, tenham os jogos se realizado neste ou nos outros dois estádios que já possuiu. Ressalva-se ainda que, Mário Centeno, é adepto/sócio do Benfica e que assistiu a muitos jogos nos últimos 45 anos neste estádio e no outro estádio e que só na época passada e por motivos de segurança se sentiu na necessidade de ter que efectuar este pedido.
2. Sabe-se que após a denuncia deste caso por alguns órgãos de comunicação social a partir de 5 de Janeiro de 2018, o Ministério Público faz, em 22 de Janeiro, buscas ao Ministério das Finanças, alegadamente e na altura era para um processo em segredo de justiça e ainda sem a a constituição de arguidos e que estaria a ser investigado pelo DIAP;
3. Na capa do Expresso, e inserido num outro artigo mais vasto sobre o clube em questão, vem a cândida noticia que os tais bilhetes, serviram para um eventual recebimento indevido de vantagem, por parte deste clube, de alguém (mais tarde sabe-se que é Mário Centeno) ter alegadamente intervido em processos de isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (v. IMI) por parte de um filho do presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira;
4. O Expresso cita fontes, e mais tarde (versão on-line) corrige o artigo e cita outro Jornal, o Correio da Manhã, que também nesse Domingo faz manchete on-line e em capa impressa sobre o assunto, citando o Expresso, que em abono da verdade não põe nesse Sábado o nome ao investigado, Mário Centeno, só pondo esse nome na versão on-line de Domingo. O jornal on-line Observador e no mesmo dia, Domingo, cita o Expresso e avança também com a notícia;
5. No meio desta confusão toda sabe-se que: Nem os processos de isenção de IMI são decididos pelo Ministério das Finanças; E mesmo que alguma isenção fosse dada, nunca iria ao Ministro, pois sempre foi uma ação balizada juridicamente e tomada pelos serviços de finanças localmente;
O que tem em comum este caso de carochinha e de linchamento público?
Primeiro baseia-se em três órgãos de comunicação social, que a par com a Revista Sábado, serviram nos últimos anos para que o Ministério Público divulgasse de forma impune e sem nenhum pudor: as buscas que faz; noticias das suas suspeitas não fundamentadas de molde a torná-las públicas e factos aceites; partes do processo em investigação de modo a terem uma aprovação popular sem reservas e destinados a fundamentar decisões de juízes que em nenhum país democrático do mundo seriam aceites; e por fim o truncamento de testemunhos, noticiais falsas e alegadas afirmações nunca ditas de modo a tornar credíveis qualquer linha de investigação por muito absurda que esta pareça a uma pessoa minimamente racional.
E foi o que aconteceu com a alegada afirmação falsa, de que Mário Centeno tenha dito, que "caso fosse constituído arguido neste caso se demitiria".
É de tal maneira ridículo este linchamento popular que, não interessa, ou interessou aos três órgãos de comunicação social em causa, que, o Ministério das Finanças nada intervenha em questões de isenção de IMI e que tal noticia pela raiz, seja totalmente falsa. Para isso contribuiu largamente, Joana Marques Vidal e a sua PGR/DCIAP, que ao não esclarecerem qualquer coisa em relação a este caso, de forma cúmplice mantiveram a pressão sobre o Ministro e o seu Governo durante seis dias, como espada de Damocles de chantagem absoluta.
Eis a retaliação desta por o governo não continuar a apoiá-la/sustentar a sua incompetência e um aviso claro que tem que ser nomeado alguém destas famílias e clãs de Justiça para que o governo não caia.
Aliás, este caso não pode ser desligado de outro, também um aviso a este governo e aos militantes/dirigentes do PS, que podem e serão todos constituídos arguidos à minima suspeita de que haja uma irregularidade. O caso em questão prende-se com o facto de o Ministério Público acusar dois ex-governantes, José Magalhães e José Conde Rodrigues, de uso indevido do dinheiro do Estado, segundo notícias em causa estaria a compra de livros e revistas, no valor absurdo de € 400. Este caso resulta da mega queixa contra todo o segundo governo de José Sócrates, que abrangia cerca de 80 governantes, entre ministros e secretários de Estado e chefes de gabinete, feita em 2012, pela Associação Sindical de Juízes Portugueses, só dois secretários de Estado são suspeitos de uso indevido de dinheiro do Estado, no caso os dois ex-titulares da pasta da Justiça, José Magalhães e José Conde Rodrigues.
Ou seja a Associação Sindical que representa os Juízes todos e que entrou em litígio com este anterior governo, após este lhes ter tirado mais de dois meses de férias, com que os magistrados eram beneficiados até então ao arrepio de qualquer lógica e racionalidade de gestão, apresentou uma queixa contra o governo todo, sendo este o resultado. Os arguidos são tão somente os dois ex-titulares da pasta da Justiça e os executores desta promessa eleitoral, sancionada nas urnas pelos eleitores, com maioria absoluta dos sufrágios. Só pior do que isto, é que será um dos seus associados e por esse motivo solidário com esta queixa porque foi prejudicado, que irá julgar este caso, já se sabe o veredicto: CULPADOS!!!
O Ministério Público e as famílias/clãs que neste mandam, mostram desta maneira, que o PS, militantes, dirigentes e os seus deputados e governantes e ex-governantes, têm que estar caladinhos e quietinhos, porque por usarem alegadamente um cartão de credito do governo para comprarem livros e revistas no valor de € 400 e deste modo se enriquecerem à nossa/vossa custa desse valor faraónico, podem ser constituídos arguidos, por literalmente, dá cá aquela palha!!!
Falarei no próximo artigo de outro caso de justiça, por agora fico-me por aqui, mas aconselho Ministério Público a não tentarem que um partido constituído por mais de 100 mil militantes moderados e cumpridores da lei, se mova e "os decapite de vez", é que caso não tenham reparado e se as coisas continuarem a correr bem economica e socialmente, arriscam-se "a acordar a besta" e desta vez com uma provável e providencial maioria absoluta. Fica o aviso que o copo pode estar para entornar a qualquer momento.
Outro processo Marquês, será difícil de aparecer e manter, mas falarei deste, mais à frente e não no próximo artigo. Pois as "relações de amor" têm que ser nutridas de forma constante.
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