Pequena ou grande TAP?
Nestes
últimos 40 anos os governos revezam-se entre governos, que escavam sempre um novo buraco para quem vier atrás que feche a porta, ou seja, que o tape. Há muito que nos habituamos
a esta politica de terra queimada entre PS/PSD/CDS, onde no final é sempre o
contribuinte que paga, mesmo assim e de modo inexplicado, continuam a receber a
confiança dos eleitores, de eleição para eleição.
Este
conjunto de golpes baixos de quatro décadas, tomaram uma nova amplitude nos
últimos tempos, como o caso escandaloso da venda do Grupo TAP, por um governo
deposto "ilegítimo", que não representa a maioria dos Portugueses,
nem a democracia, mesmo com a desculpa de ser uma caso imperativo e de urgência
inadiável, devido a actual situação da empresa "que nem tem dinheiro para
salários nem combustível", não fosse esta uma hipótese facilmente
desmentida, por vários factos, como o fim do leasing de uma frota de aeronaves
comprada o ano passado que vai permitir entrada de um grande volume de capital
já este ano, para alem de novas rotas adquiridas recentemente que demonstram um
crescimento sustentável do Grupo TAP para os próximos anos.
Uma
rasteira bem calculada, em tom de vingança, dirigida ao possível governo PS e
que lhe dificulta a legislatura logo a partida, não só por as promessas de
reverter este negocio, mas com outro ponto pouco visível para a maioria dos
Portugueses, a TAP representar cerca de 20% do PIB nas exportações, com a sua
privatização obriga em parte a sociedade a ter de ser mais produtiva e a ter de
trabalhar mais para ter o mesmo nível de vida que tem hoje.
Também
o molde em que esta privatização foi negociada, opaco mas que roça o
escandaloso com o pouco que se conhece, adivinhando-se que esta venda corre o
risco de ser revertida e a resposta deste governo em dar garantias contrarias,
sob a penalização do estado caso isso venha a acontecer, remetendo mais uma vez
os interesses nacionais para 2.º plano e possivelmente a falta de garantia
contratual da manutenção dos 13000 postos de trabalho.
Em
ajuda a esta privatização vieram a correr os jornais, apelando ao perigo de se
reverter este negocio e o que isso implicaria de prejuízos para o estado, mas
nem uma linha caso esta privatização se venha a revelar ilegal ou um prejuízo
para os contribuintes e quem deve ser responsabilizado nesse caso, quer a nível
civil quer a nível criminal, acrescido que todos os intervenientes que a autorizaram
sabiam a partida que esta acção é contraria a maioria do Parlamento.
Mais uma vez se torna evidente toda a estratégia comum nas varias privatizações, que deliberadamente se deixa cair uma empresa assegurando todas as potencialidades, para crescer em flecha depois da privatização, perdendo-se logo a partida a qualidade de um serviço visando unicamente os lucros para privados.
Mais uma vez se torna evidente toda a estratégia comum nas varias privatizações, que deliberadamente se deixa cair uma empresa assegurando todas as potencialidades, para crescer em flecha depois da privatização, perdendo-se logo a partida a qualidade de um serviço visando unicamente os lucros para privados.