Por falar em golpistas e mitos urbanos...
Os “golpes” de mestre, perpetrados pela Coligação, aproximam o melhor de Alves dos Reis. Talvez Alves dos Reis, se fosse politico, não estaria ao nível de Passos e Portas. Passos Coelho vai precisar de utilizar o seu terço e rezar, muito, à Santa comunicação social, que tanto lhe ajudou na campanha eleitoral, para lhe dar uma ajudinha no rude golpe que foi a coligação à esquerda.
Passos é bom em criar mitos.
Mitos urbanos, e suburbanos, como o tal da imigração. E para que a “tradição”
continue, hoje esses mitos aparecem nomeados de devolução da sobretaxa e cofres
cheios. Estes não eram promessas, não eram lapsos, eram mesmo mitos, porque
afinal nunca estiveram para acontecer, nem o governo planeou o seu
acontecimento. Não se devolveu nada, nem nunca se teve essa intenção, nunca
passou de uma promessa de políticos criados em Hollywood. Foram promessas
dignas de Donald Trump, ou de um daqueles filmes em que o candidato beija as
pessoas, apela ao voto, e faz uma daquelas festas de arromba.
E os cofres cheios?! Mito
urbano. De cheios os cofres só
tinham pó, promessas e um conjunto de
títulos de divida que a Coligação acumulou. Títulos de divida que tornaram a
Divida Externa (Publica + Privada) incomportável. O pouco que lá existia,
parece ter sido, literalmente, “derretido” em apenas três dias. Os cofres
cheios foram um mito eleitoral, aproveitado por uma imprensa tendenciosa e uma
coligação “golpista”.
A devolução da sobretaxa é
outro mito. Nunca nos planos da Coligação existiu uma alínea sobre a devolução.
Apenas o Expresso (o Avante da Coligação) faria uma devolução a 100%. Ambos
mentiram, a Coligação mentiu, e o “companheiro de carteira”, Expresso, mentiu
também. Afinal, era só mito.
O país não estava tão bem
como Montenegro expressava de forma pouco coerente. O país estava melhor, mas
as pessoas não. Ficamos a saber agora que nem o país, nem as pessoas, nem as
empresas, nem os cofres estão bem, está tudo pior que 2011. O país esvaziou-se,
privatizações e meio século de concessões, mas ninguém sabe para que serviram,
a divida aumentou, os portugueses ficaram mais pobres, os serviços públicos
deterioraram, e ficamos sem nada. Apenas os privados asseguraram que os seus interesses
fossem protegidos.
Certo é que o país piorou, e
agora é uma espécie de quintal da Europa rodeado de dívidas por todo o lado,
apenas os milionários crescem em terras que cultivam mitos urbanos.