quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Por falar em golpistas e mitos urbanos...



   









 Os “golpes” de mestre, perpetrados pela Coligação, aproximam o melhor de Alves dos Reis. Talvez Alves dos Reis, se fosse politico, não estaria ao nível de Passos e Portas. Passos Coelho vai precisar de utilizar o seu terço e rezar, muito, à Santa comunicação social, que tanto lhe ajudou na campanha eleitoral, para lhe dar uma ajudinha no rude golpe que foi a coligação à esquerda.
Passos é bom em criar mitos. Mitos urbanos, e suburbanos, como o tal da imigração. E para que a “tradição” continue, hoje esses mitos aparecem nomeados de devolução da sobretaxa e cofres cheios. Estes não eram promessas, não eram lapsos, eram mesmo mitos, porque afinal nunca estiveram para acontecer, nem o governo planeou o seu acontecimento. Não se devolveu nada, nem nunca se teve essa intenção, nunca passou de uma promessa de políticos criados em Hollywood. Foram promessas dignas de Donald Trump, ou de um daqueles filmes em que o candidato beija as pessoas, apela ao voto, e faz uma daquelas festas de arromba.
    E os cofres cheios?! Mito urbano.  De cheios os cofres só tinham  pó, promessas e um conjunto de títulos de divida que a Coligação acumulou. Títulos de divida que tornaram a Divida Externa (Publica + Privada) incomportável. O pouco que lá existia, parece ter sido, literalmente, “derretido” em apenas três dias. Os cofres cheios foram um mito eleitoral, aproveitado por uma imprensa tendenciosa e uma coligação “golpista”.
    A devolução da sobretaxa é outro mito. Nunca nos planos da Coligação existiu uma alínea sobre a devolução. Apenas o Expresso (o Avante da Coligação) faria uma devolução a 100%. Ambos mentiram, a Coligação mentiu, e o “companheiro de carteira”, Expresso, mentiu também. Afinal, era só mito.
   O país não estava tão bem como Montenegro expressava de forma pouco coerente. O país estava melhor, mas as pessoas não. Ficamos a saber agora que nem o país, nem as pessoas, nem as empresas, nem os cofres estão bem, está tudo pior que 2011. O país esvaziou-se, privatizações e meio século de concessões, mas ninguém sabe para que serviram, a divida aumentou, os portugueses ficaram mais pobres, os serviços públicos deterioraram, e ficamos sem nada. Apenas os privados asseguraram que os seus interesses fossem protegidos.
  Certo é que o país piorou, e agora é uma espécie de quintal da Europa rodeado de dívidas por todo o lado, apenas os milionários crescem em terras que cultivam mitos urbanos.