segunda-feira, 20 de maio de 2019

Porque votar no LIVRE e em Rui Tavares







 Umas eleições europeias que têm uma campanha destinada a "lember escoriações" nacionais não trás nada de novo ao verdadeiro debate, ao que importa escolher.

  As eleições europeias são das mais importantes. Nelas estamos a escolher quem nos vai representar no parlamento europeu, os nossos desejos para o futuro e a visão para o futuro da Europa unida. Os cinco maiores partidos nada trouxeram ao debate, muito pelo contrário, apenas tocaram, essencialmente,  nos assuntos de política interna e os desejos de eleitoralismo barato. Pouco, ou nada, tratam do que é os problemas de fundo da União Europeia, qual o futuro e os anseios.

O problema é que a comunicação social está talhada para apenas para escutar os partidos mediante o mediatismo dos mesmos. É natural que a mensagem dos partidos representados no parlamento seja mais escutada que as ideias mais consistentes no plano europeu e nacional oriundas de novas forças políticas com gente mais capaz. As leis sobre o plano eleitoral cozinhadas como foram cozinhados os financiamentos partidários (onde o bloco foi forte opositor em que fossem escutados os partidos sem assento parlamentar) acabam por sufocar outros partidos, que mesmo sem financiados pelo erário público, ao contrário de quem já o recebe, têm ideias muito mais consistentes e trabalhadas nos aspectos nacionais e europeus.

É o caso do LIVRE e de Rui Tavares. A sua experiência como Eurodeputado tem, sem dúvida, uma vantagem enorme até mesmo que os Eurodeputados ainda no activo (Marinho e Pinto por exemplo). O LIVRE, ao contrário dos partidos com representação, tem ideias, projectos e planos para a Europa, discute a Europa e não o plano nacional. Apresenta no seu discurso uma lufada de ar fresco político que substitui o tradicional "atira culpas" do plano eleitoral. Um dos exemplos mais nítido é a disputa do nada entre bloco e PCP para consumo interno.

A Europa não é um mero acto legislativo, é tão importante quanto as legislativas. Somos um país inserido num espaço supra nacional que nos faz depender demasiado das suas decisões a nível nacional. Não podemos fazer destas eleições uma espécie de "cartão vermelho" ou "título" para quem governa ou está na oposição. Não é esse o objetivo das europeias.

Votar no LIVRE e em Rui Tavares é votar com consciência que a Europa não pode ser apenas o espaço que nós não queremos abdicar pelas vantagens, mas não respeitamos a sua importância ao fazer destas eleições uma espécie de factor de desagrado a nível nacional. Existem projetos e ideias que necessitam de quem as apresente na Europa e se bata por elas, em vez do enxovalho político que vai de Nuno Melo a Marisa Matias. Nada de Europa, nada de ideias.

Como cidadãos conscientes devemos exercer o nosso direito em escolher os nosso representantes na Europa, não como Costa quer ou Rangel deseja, mas sim pela nossa visão para agarrar o futuro da União Europeia trabalhando o nosso futuro como um país coeso e democrático. Não existe espaço para o eleitoralismo barato e a disputa de votos por quem fez mais. Devem ser as ideias e as convicções a vencer e não a vaga do nada. Por isso é importante a esquerda e o centro escutar o que tem o LIVRE tem para nos dizer e o que Rui Tavares quer para a Europa. Caso contrário estamos apenas a trabalhar para os cinco partido convencidos que o mediatismos e os fait divers são mais importantes que discutir a Europa a sério.

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