quinta-feira, 6 de abril de 2017

O Futebol não é impune

    


  







  Um policia que toma uma atitude violenta, idêntica à tomada no sábado, tem de sofrer as consequências do seu acto. É um representante da autoridade que tem como principal dever o zelar pela segurança publica e não, ser portador de comportamentos uma violência desproporcional. No entanto deverá apenas ser o agente a única pessoa a sofrer as consequências do clima que vive o país por causa do Futebol? Óbvio que não. 
   O mundo do futebol criou no país um clima insuportável. Dirigentes e comentadores aproveitam os sentimentos mais negativos de adeptos descontrolados para criar um clima irrespirável na sociedade. Ataques aos árbitros, destruição da imagem das instituições e incitação do ódio, os dirigentes aproveitam tudo quanto possível para alcançar os objectivos programados. Atitudes que culminam em agressões, ameaças que se estendem à família dos arbitros. A facilidade com que os discursos inflamados e regados de ódio se aproveitam dos sentimentos se aproveitam do ódio em adeptos facciosos e fanáticos é enorme, propensa para gerar o mau estar até entre amigos, ou mesmo familiares. O fanatismo abandona o desporto e procura no palco do ódio servir os clubes e dirigentes.
   Assim o clima não pode ficar. A mão pesada não pode só atingir quem tem de viver com este clima diariamente sem que qualquer medida seja tomada para não gerar criticas. As claques não podem continuar a agir com a impunidade que lhes é reconhecida, nem os dirigentes podem continuar a incendiar o clima sem que lhes seja imputadas as devidas consequências. O ressabiamento dos adeptos já levou à agressão a árbitros de futebol fora dos campos e mesmo no exercício da sua actividade. O ultimo caso foi noticia para lá das fronteiras nacionais. 
    O governo não só deve, como tem a obrigação de por um ponto final no clima insuportável instalado por dirigentes descontrolados. A impunidade dos agentes do futebol não pode continuar a bem da sanidade mental social. A policia tem o dever de manter a ordem publica quando necessário, não pode é servir de extintor de um incêndio cujos incendiários continuam impunemente a atear focos. Não podem os clubes se tornar propagadores de um fogo que se alastra, o, e despejar nas forças de segurança a obrigação de "apaga fogo".
   Por mais que se tente evitar ou empurrar com a barriga esta situação, isso não vai resolver o problema. O governo deve actuar com força para travar o alarido provocado pelo futebol. Alimentar ambientes como o que está neste momento. Ser dirigente, comentador ou adepto de um clube não pode ser carta branca para a impunidade.

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