quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A voz aguda dos grossos candidatos




   Cândido Ferreira, candidato às Presidenciais, está ressabiado. A escassez de protagonismo começou a revelar o pior que existe na sua personagem politica. A corrida a Belém, torno-o capaz de atingir os adversários, nomeadamente Sampaio da Nóvoa, com afirmações sustentadas em demagogia e populismo barato. Tudo vale a pena para Ferreira.
    Não coloco a moralidade do senhor em causa, desconheço o seu curriculum e o seu passado, mas tornar o jogo eleitoral mais importante que a ética e o debate de ideias é o pior exemplo que poderia dar para convencer alguém a lhe dar confiança no rumo a Belém. Para Cândido vale tudo, os fins justificam os meios, e as suas afirmações, quanto a Sampaio da Nóvoa, garantiram o protagonismo que tanto almejava, apesar de ter saído machucado na imagem.
    Se o candidato julgou que tinha moralidade suficiente, com as afirmações que teve, apenas mostrou que perdeu toda a ética e relevância que um candidato poderia ter. Cândida não passa de um jogador nestas eleições, que usa argumentos sujos para conseguir votos, mesmo que saiba que a sua falta de firmeza só o torna patético. Limitou-se a por em causa os registos do ex. Reitor da Universidade de Lisboa. Limitou-se a criar burburinho estúpido e sujar a imagem de um homem que tem trabalho feito.
    A este assunto, em que as questões morais políticas faltam, nada poderia ser de pior que um pasquim tomar de “assalto” as afirmações de Cândido Ferreira, e lançar a suspeição na base de “fontes” tão fidedignas quanto um carro pegar à primeira depois de 6 anos parado. O Correio da Manhã, que representa a existência do pior jornalismo e falta de ética, apressou-se a ir ao “arco-da-velha” retirar valor de verdade às afirmações de Cândido Ferreira, e trazer a lume o tipo de acusações mesquinhas que faz aos seus visados.
    Na verdade,  a disputa eleitoral perdeu o interesse. Os argumentos são esgrimidos de forma falaciosa e ofensiva. Os candidatos sobrevivem no ataque pessoal, mantendo-se à tona com expressões infelizes. Exemplo de Cândido Ferreira, exemplo de Jorge Sequeira e a forma que se expressou sobre Marisa.
   Para além das semelhanças que esta campanha tem com as autárquicas, os candidatos mais fracos têm comportamentos tristes, até mesmo Maria de Belém. Isto deixa o jogo aberto entre Marcelo e Sampaio da Nóvoa, que me parecem ser os mais fortes a uma segunda volta. Se assim for, que seja Sampaio da Nóvoa.

   Quanto aos restantes, Marisa Matias parece-me ser a que melhor desempenho produziu. Os restantes, lamentavelmente, só serviram para preencher vagas e discursos frágeis. Trouxeram para as presidências a demagogia e o populismo. Nada mais pode ter que os seus cinco minutos de fama, o resto é esquecimento.