Uma espécie de Doraemon da economia
José Gomes Ferreira, tanto para dizer e nada para
acrescentar ao polo de ofensas que sofre. Não sou apologista do estilo
ofensivo, mas é José Gomes Ferreira que cria as oportunidades para que isso se
torne realidade.
José Gomes Ferreira
age como se de um guru, mago ou Merlin das finanças se trata-se. Tem a magia do
Doraemon e das 1001 invenções que o boneco mágico utiliza para salvar ao amigo.
No caso de José Gomes Ferreira, o conteúdo das suas 1001 invenções económicas
só serve para tornar o jovem vistoso e inteligente aos olhos dos inúmeros
espectadores, que adoram a tralha de Camilo Lourenço, o que na realidade é tudo
uma espécie de ficção científica, nada mais.
José Gomes Ferreira
tem uma imaginação fértil no que diz respeito a matemática económica, talvez
por isso não seja um economista, gestor, contabilista, talvez por isso é que
seja um mero jornalista, dito de economia, que vive num mundo imaginário dos
neoliberais, e acredita que um pai natal privatizado funciona melhor que um pai
natal vermelho, comunista ou socialista. José Gomes Ferreira acredita que o
Estado não pode ser gestor, eu acredito que José Gomes Ferreira não possa ser
economista.
José Gomes Ferreira tem um defeito,
irritabilidade. Não gosta de ser confrontado com a realidade, se essa realidade
não for 75% do seu mundo do Doraemon, então não é possível e deixa-o chateado. Os
seus livros de auto motivação económica, como o abjecto “o meu programa de
governo”, só funcionam para a sua “escalada” politica, nada mais. Para a
literatura de comédia dos livros de Camilo Lourenço e José Gomes Ferreira,
recomendo o Economia para Totós, tem mais conteúdo económico, é mais realista e
menos ideológico.
José Gomes Ferreira
entrou de “mansinho”, como fazem grande parte dos inócuos comentadores.
Aproveitou o mediatismo dado por discursos efusivos, agressivos e demagógicos,
que ofereceu ao telespectador em troca de likes nas redes sociais. José Gomes
Ferreira foi alterando o seu discurso, foi alterando a sua forma de estar,
comenta de forma enfezada, quem sabe ressabiada, a forma como a economia pode
encontrar outro rumo.
As suas entrevistas
a Passos Coelho não foram mais que conversas de café entre dois tipos, que
podem perceber muito de futebol, não de economia. A sua ideologia cresceu,
aproveitou bem os laivos demagogos que o anterior executivo proporcionou ao
comum cidadão. José Gomes Ferreira foi um dos motores que apadrinhou o anterior
executivo, nada mais propicio que se envolver em ideias circunstanciais
neoliberais cedidas por Passos e companhia.
José Gomes Ferreira
não é mais que um qualquer Camilo Lourenço, David Diniz, Bernardo Ferrão,
Ricardo Costa, Filipe Costa, José Manuel Fernandes, entre outros, no grupo de elite de “Direita”, que pretende usar
o mediatismo para forçar a opinião pública a aceitar medidas, de forma serena, fazendo
acreditar que não existe “outro caminho”, e que não existe alternativa. Utiliza
o mediatismo para forçar a opinião pública a encarar que a democracia só é boa
quando o PSD, sem Sociais-democratas, está no Governo e promove medidas
abusivas como as dos últimos quatro anos.
José Gomes Ferreira
em vez de escrever livros sobre economia, sobre realidade do cidadão, sobre
medidas que mais parecem anedotas, deveria se juntar a João Miguel Tavares, e
escreverem livros sobre “como ser pai de gémeos”, ou “literatura para
ideólogos”, podem ser mais felizes. Caso contrário, experimentem a Dora
Exploradora, faz muito mais sentido que as análises políticas de ambos, e a
visão económica do José.