terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Uma espécie de Doraemon da economia



 José Gomes Ferreira, tanto para dizer e nada para acrescentar ao polo de ofensas que sofre. Não sou apologista do estilo ofensivo, mas é José Gomes Ferreira que cria as oportunidades para que isso se torne realidade.
   José Gomes Ferreira age como se de um guru, mago ou Merlin das finanças se trata-se. Tem a magia do Doraemon e das 1001 invenções que o boneco mágico utiliza para salvar ao amigo. No caso de José Gomes Ferreira, o conteúdo das suas 1001 invenções económicas só serve para tornar o jovem vistoso e inteligente aos olhos dos inúmeros espectadores, que adoram a tralha de Camilo Lourenço, o que na realidade é tudo uma espécie de ficção científica, nada mais.
   José Gomes Ferreira tem uma imaginação fértil no que diz respeito a matemática económica, talvez por isso não seja um economista, gestor, contabilista, talvez por isso é que seja um mero jornalista, dito de economia, que vive num mundo imaginário dos neoliberais, e acredita que um pai natal privatizado funciona melhor que um pai natal vermelho, comunista ou socialista. José Gomes Ferreira acredita que o Estado não pode ser gestor, eu acredito que José Gomes Ferreira não possa ser economista.
   José Gomes Ferreira tem um defeito, irritabilidade. Não gosta de ser confrontado com a realidade, se essa realidade não for 75% do seu mundo do Doraemon, então não é possível e deixa-o chateado. Os seus livros de auto motivação económica, como o abjecto “o meu programa de governo”, só funcionam para a sua “escalada” politica, nada mais. Para a literatura de comédia dos livros de Camilo Lourenço e José Gomes Ferreira, recomendo o Economia para Totós, tem mais conteúdo económico, é mais realista e menos ideológico.
   José Gomes Ferreira entrou de “mansinho”, como fazem grande parte dos inócuos comentadores. Aproveitou o mediatismo dado por discursos efusivos, agressivos e demagógicos, que ofereceu ao telespectador em troca de likes nas redes sociais. José Gomes Ferreira foi alterando o seu discurso, foi alterando a sua forma de estar, comenta de forma enfezada, quem sabe ressabiada, a forma como a economia pode encontrar outro rumo.
   As suas entrevistas a Passos Coelho não foram mais que conversas de café entre dois tipos, que podem perceber muito de futebol, não de economia. A sua ideologia cresceu, aproveitou bem os laivos demagogos que o anterior executivo proporcionou ao comum cidadão. José Gomes Ferreira foi um dos motores que apadrinhou o anterior executivo, nada mais propicio que se envolver em ideias circunstanciais neoliberais cedidas por Passos e companhia.
   José Gomes Ferreira não é mais que um qualquer Camilo Lourenço, David Diniz, Bernardo Ferrão, Ricardo Costa, Filipe Costa, José Manuel Fernandes, entre outros, no  grupo de elite de “Direita”, que pretende usar o mediatismo para forçar a opinião pública a aceitar medidas, de forma serena, fazendo acreditar que não existe “outro caminho”, e que não existe alternativa. Utiliza o mediatismo para forçar a opinião pública a encarar que a democracia só é boa quando o PSD, sem Sociais-democratas, está no Governo e promove medidas abusivas como as dos últimos quatro anos.

  José Gomes Ferreira em vez de escrever livros sobre economia, sobre realidade do cidadão, sobre medidas que mais parecem anedotas, deveria se juntar a João Miguel Tavares, e escreverem livros sobre “como ser pai de gémeos”, ou “literatura para ideólogos”, podem ser mais felizes. Caso contrário, experimentem a Dora Exploradora, faz muito mais sentido que as análises políticas de ambos, e a visão económica do José.