quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Profissionais de Saúde: TSDT, Enfermeiros…











  Desvalorizar a saúde e deixá-la num fosso deve ser totalmente a mensagem que querem deixar passar. A começar pelos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica, estendendo-se aos enfermeiros e demais profissionais de saúde.
 Pergunto-me como querem deixar a saúde do nosso país? Como querem assegurar a prestação de cuidados aos nossos utentes do Serviço Nacional de Saúde? Não havendo enfermeiros, técnicos de radiologia e radioterapia, terapeutas da fala, fisioterapeutas, cardiologistas, analistas clínicos, de que é feita a saúde?
  Carreiras congeladas há quase duas décadas unem estes profissionais, onde a sua dignificação e valorização é deixada completamente à margem da sociedade. Desde as tão prometidas 35h, que ainda são 40h para alguns, às questões das horas de qualidade, à não progressão nas carreiras, e aos salários muito abaixo daquilo que é a média para os técnicos superiores.
  Desde a greve dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica agora, prorrogando à greve dos enfermeiros no mês passado, as vozes daqueles que vão mantendo a todo o custo a saúde desta espécie de serviço nacional de saúde, que se vai mantendo funereamente à espera de recursos, contratações, dignificação das competências e reconhecimentos das carreiras dos profissionais que lá trabalham, pela tanta responsabilidade que vão acarretando nos seus ombros.
 Desacreditados é a mensagem que veiculam, depreciados com quem se compromete mas que continua a falhar com estes cidadãos. No caso dos TSDT a 31 de Agosto foi divulgada o novo regime legal da carreira, sem diplomas próprios para as regras de transição e níveis remuneratórios.
 Parece-me que já chega do preconceito que foi imposto aos demais profissionais da saúde. As nossas qualificações em saúde estão associadas a um sentido magno de imputações no trabalho que é desenvolvido diariamente com os utentes.
  O que acontece com os TSDT que pertencem e se situam neste momento na “terra de ninguém”, pois não tem “carreira”, não estando incutidos na antiga nem na nova, faz um apanágio direto com a situação da enfermagem, sendo que se vão esquecendo progressivamente deles aquando da formulação de novas exigências em saúde.
  Por mais condições, mais dignidade e por respeito pelos profissionais de saúde deste país, a luta destes é em parcimónia com todos. Valorização, dignificação e acima de tudo justiça.
  As perguntas mantêm-se, bem como a falta de respostas. Manifestos, greves e mantém-se a “falta de vergonha” daqueles que ainda dizem que “não se pode resolver tudo no mesmo momento”.





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