Sabia que a maioria dos apoiantes de direita, são de esquerda?
Desde sempre que os cidadãos são
enganados, têm percepções falsas e promovem correntes políticas que não desejam
conscientemente. Estes cidadãos não o sabem, não se interessam em sabe-lo nem ouvem
quem os podia fazer mudar de opinião.
Quem deseja um mundo mais
harmonioso em que todos tenham direito à paz, saúde, educação, trabalho, não
descriminação e igualdade de direitos? É esta a imagem que é divulgada, sobre a
esquerda, pelos meios de comunicação social e pelos próprios cidadãos? Há ou
não interesse em promover imagens distorcidas da esquerda? Há ou não interesse
em colocar cidadãos, que desejam o mesmo, uns contra os outros? Há ou não
interesse em encher as televisões de lixo mediático que afaste as pessoas da
política e da decisão? Há ou não há interesse em promover o ódio, a inveja, em
divulgar o que é secundário, em apresentar estatísticas engenhosas, em promover
a desigualdade, em modelar o pensamento?
“Não há machado que corte a raiz
ao pensamento”… Não há mesmo? Quem tem promovido uma injusta redistribuição da
riqueza em que a maioria tem maiores dificuldades no acesso à educação e à
cultura? Há ou não interesse em que as pessoas não pensem nem saibam pensar?
Quem defende uma Constituição da
República que garanta direitos para todos? Todos defendemos serviços públicos
de qualidade a que todos tenhamos acesso. Então, porque se desviam recursos
financeiros dos serviços públicos para os privados?
Porque existem tantas parcerias
público-privadas? Sabem quem ganha com elas? Neste mundo aquilo que se destina
a melhorar a vida de todos não recebe recursos… mas aquilo que serve o
propósito de alguns tem acesso aos recursos necessários. Quem determina as
prioridades? O vulgar cidadão tem intervenção neste processo? Há interesse em
motivar o cidadão a intervir?
As ideias de esquerda são tão
vastas e abrangem a totalidade da população pelo que se torna difícil a
concertação entre todos. Nas políticas temáticas uns tentam melhorar, outros substituir
e alguns revogar. Nos prazos para implementação, uns preferem fasear, outros fazê-lo
rapidamente e alguns mudar já. Na metodologia, uns pensam naquilo que é
prioritário e fazem contas, outros pensam no que é prioritário mas não fazem
muitas contas porque sabem ser possível e alguns querem tudo e não querem saber
se é possível. É difícil a concordância entre todos os que têm um pensamento de
esquerda. Mas, uma coisa é certa… o entendimento é possível desde que se sentem
à mesa, discutam e demonstrem o seu ponto de vista.
À direita não existem mais
alternativas porque todos concordam uns com os outros… mesmo a palavra
“irrevogável” serve para a promoção das mesmas medidas.
A maioria das pessoas que pensam
que são de direita não o são, na verdade. A maioria dos cidadãos que vota na
direita… é de esquerda. A máquina ao serviço do poder consegue adulterar o
pensamento controlando os meios de comunicação social principais, distribuindo
o poder de forma “ligada” (esperando algo em troca), modelando o pensamento, criando
dificuldades nas vidas das pessoas, afastando-as da política, facultando-lhes
interesses que na verdade não puderam escolher, matando-lhes a esperança com a
acomodação. Além disso, conseguem fazer com que cidadãos de esquerda, que
pensam ser de direita, promovam os interesses daqueles que controlam o poder.
Depois distribuem alguns “doces” ficando com um autêntico “banquete” a
distribuir por poucos.
Se todos tivessem acesso a
informação verdadeira, descobrir-se-ia finalmente que afinal… os comunistas não
comem criancinhas ao pequeno almoço, que a esquerda não é a mão do diabo e que
juntos não serão apenas oposição. Descobrir-se-ia que a esquerda constrói,
progride e quer fazer parte da solução.
Felizmente, aqueles que sabem que
são de esquerda, sentiram que esta era a sua última oportunidade de se sentaram
à mesa, discutirem e decidirem progredir, metendo o orgulho na gaveta. Restará
agora, a estes, que mostrem ao povo o que é a verdadeira esquerda e… talvez a
direita se reduza ao seu efetivo valor.