terça-feira, 10 de novembro de 2015

Sabia que a maioria dos apoiantes de direita, são de esquerda?




   Desde sempre que os cidadãos são enganados, têm percepções falsas e promovem correntes políticas que não desejam conscientemente. Estes cidadãos não o sabem, não se interessam em sabe-lo nem ouvem quem os podia fazer mudar de opinião.
  Quem deseja um mundo mais harmonioso em que todos tenham direito à paz, saúde, educação, trabalho, não descriminação e igualdade de direitos? É esta a imagem que é divulgada, sobre a esquerda, pelos meios de comunicação social e pelos próprios cidadãos? Há ou não interesse em promover imagens distorcidas da esquerda? Há ou não interesse em colocar cidadãos, que desejam o mesmo, uns contra os outros? Há ou não interesse em encher as televisões de lixo mediático que afaste as pessoas da política e da decisão? Há ou não há interesse em promover o ódio, a inveja, em divulgar o que é secundário, em apresentar estatísticas engenhosas, em promover a desigualdade, em modelar o pensamento?
 “Não há machado que corte a raiz ao pensamento”… Não há mesmo? Quem tem promovido uma injusta redistribuição da riqueza em que a maioria tem maiores dificuldades no acesso à educação e à cultura? Há ou não interesse em que as pessoas não pensem nem saibam pensar?
   Quem defende uma Constituição da República que garanta direitos para todos? Todos defendemos serviços públicos de qualidade a que todos tenhamos acesso. Então, porque se desviam recursos financeiros dos serviços públicos para os privados?
Porque existem tantas parcerias público-privadas? Sabem quem ganha com elas? Neste mundo aquilo que se destina a melhorar a vida de todos não recebe recursos… mas aquilo que serve o propósito de alguns tem acesso aos recursos necessários. Quem determina as prioridades? O vulgar cidadão tem intervenção neste processo? Há interesse em motivar o cidadão a intervir?
  As ideias de esquerda são tão vastas e abrangem a totalidade da população pelo que se torna difícil a concertação entre todos. Nas políticas temáticas uns tentam melhorar, outros substituir e alguns revogar. Nos prazos para implementação, uns preferem fasear, outros fazê-lo rapidamente e alguns mudar já. Na metodologia, uns pensam naquilo que é prioritário e fazem contas, outros pensam no que é prioritário mas não fazem muitas contas porque sabem ser possível e alguns querem tudo e não querem saber se é possível. É difícil a concordância entre todos os que têm um pensamento de esquerda. Mas, uma coisa é certa… o entendimento é possível desde que se sentem à mesa, discutam e demonstrem o seu ponto de vista.
   À direita não existem mais alternativas porque todos concordam uns com os outros… mesmo a palavra “irrevogável” serve para a promoção das mesmas medidas.
A maioria das pessoas que pensam que são de direita não o são, na verdade. A maioria dos cidadãos que vota na direita… é de esquerda. A máquina ao serviço do poder consegue adulterar o pensamento controlando os meios de comunicação social principais, distribuindo o poder de forma “ligada” (esperando algo em troca), modelando o pensamento, criando dificuldades nas vidas das pessoas, afastando-as da política, facultando-lhes interesses que na verdade não puderam escolher, matando-lhes a esperança com a acomodação. Além disso, conseguem fazer com que cidadãos de esquerda, que pensam ser de direita, promovam os interesses daqueles que controlam o poder. Depois distribuem alguns “doces” ficando com um autêntico “banquete” a distribuir por poucos.
  Se todos tivessem acesso a informação verdadeira, descobrir-se-ia finalmente que afinal… os comunistas não comem criancinhas ao pequeno almoço, que a esquerda não é a mão do diabo e que juntos não serão apenas oposição. Descobrir-se-ia que a esquerda constrói, progride e quer fazer parte da solução.
Felizmente, aqueles que sabem que são de esquerda, sentiram que esta era a sua última oportunidade de se sentaram à mesa, discutirem e decidirem progredir, metendo o orgulho na gaveta. Restará agora, a estes, que mostrem ao povo o que é a verdadeira esquerda e… talvez a direita se reduza ao seu efetivo valor.